Não há edição capaz de apagar a verdade de um líder que fala com o coração. A frase dita por Jerônimo Rodrigues foi fragmentada, cortada e manipulada até parecer algo que nunca foi. Mas o contexto é mais forte do que qualquer narrativa inventada. Ele falava de um ciclo. De uma política de ódio que precisa ser superada. Usou, como tantos nordestinos usam, uma expressão com carga simbólica. E foi punido por isso.
A elite não sabe lidar com quem não se curva. Preferem o governador plastificado, que fala o que os grandes jornais querem ouvir. Jerônimo não é assim. Ele fala por quem apanha da polícia e não tem a quem recorrer. Fala por quem não consegue pagar a luz. Fala por quem perdeu um parente para a Covid-19 enquanto o presidente fazia piada. E essa fala, por mais dura que seja, é a mais honesta que um governador poderia ter.
Tentar criminalizar isso é mais que perseguição. É medo. Medo de que outras vozes se levantem. De que o povo não aceite mais ser representado por quem nunca viveu sua dor. Jerônimo representa ruptura. E por isso tentam neutralizá-lo. Mas não vão conseguir.
Porque há algo que não se corta com edição: a confiança do povo.